O seriado Chaves estreou em 1971, na TV Tim, no México, e contava com poucos personagens. Estes ainda não tinham características bem definidas e suas personalidades não eram tão fortes.

 

 

A história gira em torno de um garoto órfão, que é tratado pelo nome de Chavo, que significa “garoto, moleque” em espanhol. No seriado, nunca foi revelado o seu verdadeiro nome. Ele mora numa vila e é nela que se desenrolam as ações da série. Seus melhores amigos são: Frederico (Quico), filho de Dona Florinda, uma viúva ranzinza, vinda de uma família de elite hoje em decadência, mas que ainda tenta manter a pose e o status que lhe resta; e Francisquinha (Chiquinha), órfã de mãe, que faleceu logo após o parto. Ao longo de mais de uma década, o seriado sofreu modificações, tanto físicas (cenário, figurino) quanto psicológicas. Os personagens foram tomando personalidades distintas, diferenciando-se uns dos outros, e novos personagens foram surgindo.

 

Havia ainda muitos personagens secundários, que apareciam de vez em quando, como Paty, Pópis, Nhonho, além de personagens com aparição única como Glória, Malicha e Seu Madroga, que supriam a ausência de algum dos atores principais.

 

Com a saída de Carlos Villagrán, em 1979, e Ramón Valdés também em 1979, para se dedicarem a outros programas, novos personagens foram ocupando esses lugares. Para substituir Quico, deram mais espaço para o filho do Sr. Barriga, que se chamava Nhonho (em espanhol, se chama Ñoño, que significa bobo, tonto), e uma avó para Chiquinha, que se chamava Dona Neves (Neves era o sobrenome da atriz que fazia os dois personagens, Maria Antonieta de las Nieves). Outro personagem introduzido posteriormente foi o carteiro Jaiminho, interpretado por Raul “Chato” Padilla. A série começou, então, a se desenrolar entre dois cenários: a vila e o restaurante da Dona Florinda.

 

 

 

El Chapulín Colorado ou Chapolin Colorado como é chamado no Brasil, foi uma sátira criada por Chespirito aos super-heróis americanos. Enquanto estes eram musculosos, fortes, super-poderosos e venciam na maioria das vezes utilizando a força bruta, Chapolin era magrelo, medroso, baixinho e se utilizava da “inteligência” ou da “sua astúcia” pra combater os grandes vilões. 


Seu sucesso se deve, talvez, ao fato do herói possuir características mais humanas, que o aproximam dos telespectadores: ele é medroso, preguiçoso, mulherengo, se utiliza do famoso “jeitinho” para sair das situações. O próprio Chespirito disse que “a grande virtude não está em não ter medo, mas sim em vencer o medo”. 

O seriado tinha apenas o protagonista como personagem fixo, mas possuía algumas figuras que freqüentemente apareciam em episódios, como os vilões Quase Nada, Tripa Seca, Rasga Bucho, Chinesinho, entre outros. Em alguns episódios, a crítica aos heróis americanos se torna ainda mais visível, com as aparições de Super Sam, interpretado por Ramón Valdés. O personagem tem em seu uniforme as cores da bandeira dos EUA, utiliza expressões em inglês, e carrega um saquinho de dinheiro, numa crítica direta ao capitalismo selvagem dos Estados Unidos, país conhecido como a Terra do Tio Sam.

Em 1980, foi exibido o que seria o último episódio da série, onde os atores Roberto Gomez Bolaños, Florinda Meza e Edgar Vivár relembraram os momentos mais marcantes do seriado. Este seria o último, mas depois de certo tempo, o seriado voltou a ser produzido, ainda que com muitos remakes de episódios clássicos. 
 


CHAPOLIN NO BRASIL


A série estreou nas telas brasileiras em 1984, com o episódio “O Cleptomaníaco”. Ao contrário de Chaves, o SBT não se preocupou em aumentar constantemente o estoque de episódios, sendo que o primeiro lote, com 26 episódios, foi exibido exaustivamente durante 5 anos, e nesse tempo dois episódios sumiram, restando 24 episódios. 
 
O início do milênio foi amargo para o Vermelhinho, que, desde 2000, passa por um amargo descaso por parte do SBT, que tira e coloca o seriado da programação sem maiores explicações. O mesmo acontece em vários países da América Latina, onde Chapolin é esquecido, sumindo da grade de programação das emissoras. O seriado reestreou em novembro de 2005, após dois anos fora do ar. E para surpresa dos fãs, alguns episódios que eram considerados perdidos voltaram a ser exibidos.

  

 

 

O Clube do Chaves, na verdade, se trata do Programa Chespirito, que foi produzido após a retomada do elenco. Os episódios, porém, já não contavam com Ramón Valdés, que havia falecido, e Carlos Villagrán, que “abandonou” Chespirito em 1979. Os atores, em sua maioria, estavam mais gordos e velhos, o que impossibilitava a maior parte das cenas físicas, como cair no chão, levar uma pancada, etc.

 

 

Na verdade, os episódios dessa fase, em sua grande maioria, eram remakes dos textos antigos, adaptados em função da condição física dos atores. As piadas também eram quase as mesmas, ou seja, essas novas produções, segundo alguns fãs, não apresentavam grande atrativo, como os anteriores.

 

Os quadros produzidos nessa fase foram: El Chavo Del Ocho (Chaves), El Chapulín Colorado (Chapolin), Don Cavalera (Dom Caveira), El Flaco (O Gordo e o Magro), Los Caquitos (Chaveco), Chaparrón Bonaparte (Pancada), La Chicharra (A história gira em torno de um repórter, Vicente Chanbóm), El Doctor Chapatín (Doutor Chapatin), e alguns quadros isolados.

 

Em 1997, o quadro Chaveco de Roberto Bolaños foi exibido pela CNT, mas não obteve grande sucesso.

 

Em 2 de julho de 2001, o SBT estreou o Clube do Chaves. Com uma nova dublagem feita pela BKS, foram mostrados episódios produzidos entre 1987 e 1995. O programa, exibido sempre aos sábados, apresentava ótima qualidade de imagem e, no início, chegou a ter 2 horas de duração. Porém, a audiência ficou abaixo do esperado, e a emissora foi encurtando o tempo de duração aos poucos, até retirar totalmente de sua grade de programação.

 

Depois desta péssima experiência em 2001 o SBT nunca mais exibiu a série Clube do Chaves.

 

 
O desenho animado de Chaves estreou em 01 de janeiro de 2007 no Brasil, mas no México e em vários países da América Latina os fãs puderam acompanhar esta estréia antes, em outubro de 2006.


Ao contrário da série original, o desenho animado conta com uma excelente criação e preocupação com os detalhes. As animações são muito bem feitas e contam com a participação do próprio Chespirito, o criador das séries Chaves e Chapolin, na criação das histórias.

Os enredos da primeira temporada, que conta com 26 episódios, são praticamente idênticos a histórias de episódios da série Chaves clássica.

A notícia triste é a ausência da personagem Chiquinha nos episódios. Devido a uma briga entre Maria Antonieta de las Nieves e Chespirito pelos direitos da personagem, ela não integra o elenco do desenho. Nhonho é quem acaba fazendo o papel de Chiquinha em vários episódios.

No Brasil, foi exibida a primeira temporada completa, e atualmente está sendo exibida a segunda temporada.